Viva uma vida que valha a pena!

Passado o FDS de Carnaval, inclusive é véspera dele...

E você faz o quê? Isso mesmo, vai pros retiros, vai pros camps...

Mas esse ano, foi diferente pra mim. Glória a Deus!

Passado os dias de lutas estudando e morrendo pelo Enem ano passado, veio os dias de glória e entrei na faculdade, mas com a glória vem mais lutas pra depois mais glória e assim sucessivamente, e por isso passamos aí um mês sem posts. Provavelmente serão nesses feriados e dias mais leves que eu terei tempo de postar, mas não abandonarei este blog! Disso tenha certeza.

Enfim pra descansar e também estudar e adiantar as matérias, trabalhos, atividades e revisões para as provas este Carnaval resolvi ficar em casa e estava buscando algum filme bom, mas BOM MESMO sabe, aquele que vale a pena assistir na Netflix. Porque sinceramente tem uns que é bom, mas não dá vontade de assistir de novo e nem acrescenta tanto na nossa vida. Mas esse FDS eu assisti um que chorei horrores e eu queria compartilhar com vocês a história resumidinha e o que eu refleti sobre ele. 

O filme é Uma Vida Com Propósito (I'm not Ashamed) de 2016, se você já assistiu fica aqui comigo neste post e se você não viu segue o trailer, assista o filme e depois volte aqui porque ALERTA! VOU DAR SPOILERS:

O filme conta a história real de Rachel Joy, que é uma cristã convicta e sua crença começa a incomodar e alguns pontos parece até atrapalhar a vida dela, mas mesmo com as adversidades ela permanece firme em sua fé e começa a fazer a diferença na vida das pessoas ao seu redor. É muito interessante ver como Deus já a prepara e ela já revela e sente seu chamado, e o mais importante, o corresponde naquela escola e na célula. Em 20 de abril de 1999, aos seus 17 anos, houve um massacre que é 'explicado' no filme que resulta em 12 mortos sendo que ela foi a primeira a ser assassinada.

Esse filme me impactou de uma forma inexplicável, porque as "crises" vamos dizer assim que ela teve durante sua adolescência, aquela transição e querer descobrir o mundo é uma fase da nossa vida que todo mundo passa, mas é de uma forma específica para cada um (e isso mostra inclusive no filme, alguns passam por muitas coisas em casa, enfrentam brigas, divórcios, e tudo isso junto acaba pesando muito) e as dela foram muito iguais as minhas, aquela vontade de chorar e não saber o que fazer sem motivo nenhum, às vezes pensar que ninguém te nota, que não é importante, que não tem valor, mesmo tudo dando certo. Mesmo que seus sonhos e desejos parecem estar sendo realizados e não ter o que reclamar.

Aquele momento que você se ocupa demais com suas coisas, acha que tá tudo certo, tudo beleza e acaba se afastando de Deus e não participa mais da mesma forma como antes das coisas Dele, não tem um relacionamento tão close de Deus mais... Enfim, tudo o que ela vive nesse meio tempo de conhecer e se entregar até ela realmente começar a impactar vidas e tocar corações, inclusive paixões cegas, eu vivi. Acho que eu me vi muito nesse filme.

E a mensagem mais forte desse filme pra todo mundo que assiste deve ser a mesma: pelo o quê eu faço valer a minha vida?

Sabe, o que eu e você, nós temos vivido? Qual o nosso propósito maior? Pelo o quê nosso coração queima? O que nessa sociedade, no meio em que vivemos nos incomoda tanto? O que o Espírito Santo tem te chamado, tem te mostrado, te falado muito forte no seu coração? E o mais importante! O que você tem feito com tudo isso???

Eu chorei de início pelas transformações em que ela foi causando na vida dos amigos. A medida que acontecia no filme vinha um outro na minha cabeça daquilo que eu já fiz eu nunca fiz e deveria ter feito ou fazer. Mas o que me "regaçou" e me fez desidratar de tanto chorar foi o final. Aquilo que ela pregava e afirmava de viver mesmo pra Cristo, e que daria a vida dela pra Jesus ela fez. Ela não vivia de palavras. Ela FEZ. Ela morreu afirmando que acredita e vive e morre por Ele.

Para e pensa um pouco. Aquilo falamos a respeito de Jesus, de Deus em nossas vidas vem mesmo e mora em nosso coração? Ou é de boca pra fora? Apenas repetições? Quando você diz "Hey Jesus te ama!" Você consegue sentir esse amor? Você realmente acredita e sabe e sente que Jesus ama essa pessoa? Você consegue vê-la com esses olhos de amor de Cristo?

Porque ás vezes a gente não consegue se olhar dessa forma. Eu falo por mim! Eu não me via sendo amada pelo Senhor, não sentia, eu sabia. Mas não sentia. E me olhava no espelho e não conseguia ver que o Espírito Santo residia e morava em mim. Não via esse amor de Deus sobre mim. Imagina morrer por Cristo.

Falar como Paulo nos fala que viver é Cristo e morrer é lucro! (Fp 1:21) A gente vive mesmo por Cristo? É essa nossa real motivação? Morrer é lucro?

E ai pra acabar com a Ana aqui de vez, no final a mãe dela arrasta a cômoda e vê um desenho que a Rachel fez quando ainda era pequena de uma mão e dentro dela está escrito mais ou menos assim: 'estas são as mãos de Rachel Joy e elas tocarão em muitos corações'. Se você viu o filme, espero que você tenha entendido o mesmo que eu. Desde sempre ela já estava com esse propósito, esse sonho, esse chamado de Deus no coração dela. A história dela de fato tocou e ainda toca muitos corações.

E isso acabou comigo porque desde pequena eu tenho sonhos que parecem ser sem sentido algum e ao perguntar Deus qual é o meu chamado, o meu propósito tudo o que vem na minha cabeça são esses sonhos, são alguns episódios que aconteceram na minha vida. E é exatamente isso. Ele vem te preparando aos poucos e no fim você simplesmente o cumpre. No final tudo faz sentido. Enquanto ela tinha o desejo de tocar em muitos corações, o meu é exatamente doar a minha vida pra ser luz pra quem está em trevas, assim como Jesus fez, assim como uma vela faz. Ela simplesmente queima até ela não existir mais pra ter luz em um ambiente.

A pergunta que não quer mais calar é o que você tem feito com tudo o que tem sido ministrado a seu respeito em seu coração? Eu não entendia muito como eu seria uma "vela" na vida das pessoas, quando isso foi me dito eu achei muito massa, mas ficou por isso mesmo. E não pode ser assim. A gente tem que mudar o mundo. Tem que mexer com a gente. Nos incomodar. Tirar nosso sono às vezes, comprar umas lutas pra ver alguém na presença do Senhor, mesmo que ela não tenha a mínima consciência do que você está fazendo por ela. Porque no fim não se trata de nós, mas Dele.